Quantas vezes perante a dor, reprimimos  as lágrimas a pensar que nos fortalece a alma? Não passa de um dos muitos enganos e ilusões  com que a vida tanto gosta de nos presentear, não serve para nada, apenas para a violentar, perfurar lentamente, tal como uma rosa se faz acompanhar por espinhos.  Durante essa repressão, a nossa alma conjuntamente com as lágrimas protagonizam incontáveis combates num campo de batalha imaginário. 
        Os dias sucedem-se, as semanas sucedem-se, os meses sucedem-se, é então que as lágrimas lançam as suas mais potentes investidas, uma dor rodeada de mágoa, angústia, protesto, raiva e um desalento fervilhante nas camadas mais profundas da nossa alma. Essas mesmas lágrimas há muito reprimidas afloram nas órbitas, inundam a nossa alma, alagam-na por completo, a batalha termina, a repressão tem finitude para dar lugar a uma leveza que recorrentemente chamamos de alívio, já quase desconhecida.
         Tudo o que vale a pena contém sempre (ou quase sempre) um largo embrulho de lágrimas, pois é real como a vida que todos vivemos,  contudo nem todos sabem vivê-la. A vida tão regressiva (  inerente a uma das suas coordenadas que é o tempo), tão escassa, tão fugaz, tão breve, tão rápida,  claramente similar a um abrir e fechar de olhos. 
quarta-feira, 23 de julho de 2008
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1 comentário:
gostei do texto pois eu sei bem o k é reprimir lagrimas para n deixar k ninguem me vixe tao fragil... e por ter medo k pensaxem k era fraca por estar a xorar... mas tambem sei reconhecer k as vexes ao xoltar uma pequena lagrima estamos a libertar-nos de uma grande dor... por isso espero k n tenham medo de xorar... pois as lagrimas é o meio de libertaçao da alma... beijos fofos como tu tweety...
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