quarta-feira, 3 de março de 2010

País

Verde
O verde da desesperança
E dos recibos preocupantes, revoltantes
Na mão da maioria dos portugueses
Vermelho
O vermelho do sangue da injustiça
E da falsidade movida por cobiça
Esfera armilar
Fragmentada
Esgarçou-se o tecido da bandeira!
Que país amarelo é este, sem eira nem beira?

3 comentários:

Jael disse...

Boa! :)

Gostei da associação da bandeira.. :P

Helena disse...

Ler este poema neste dia, 5 de Outubro, é como corremper os feitos históricos de infamia. :)
É um poema que fala com a voz da verdade e da inocência, no entanto a verdade não é só uma, e também existe o outro lado da moeda. O nosso país não está apenas contaminado pelo mal. Ainda existem restias de bem, da bondade, de justiça. Se tivermos todos unidos com a mesma esperança, o mesmo objectivo, conseguiremos, tal como os nossos antepassados, lutar contra os nossos inimigos. Nesta época, os nossos inimigos não são outras pessoas mas sim as nossas próprias atitudes: preguiça, resignação...
Deixo aqui um grito à esperança e à união dos portugueses, e relembro que a pátria foi criada por um bem comum, e que para que ela permaneça viva, é necessário que trabalhemos para ela.

Muito bom poema, Rita.
Keep going! :D

A. Dinis disse...

Excelente, Rita.
Que pena é, que as tuas perguntas colham apenas um silêncio...aquele que trespassa a história, atónita. Posso deixar-te, no entanto, uma tentativa de resposta:- Este é o país que deixou de sonhar, porque deixou de amar o Outro! Deixou de amar o futuro, inundado que foi de efemeridade.